Numa noite mágica de verão, um cometa riscava
o céu de Macacos na cidade de São
Sebastião das Águas Claras/MG. Ele passou sorrateiro, bem pertinho da lua,
exatamente no momento que o rock comia
solto no ORANGOTANGO’S bar (http://www.portalmacacos.com.br/orangotangos.php)
Ali estava eu, a convite, para assistir ao show dos incansáveis guerreiros do
rock’n’roll, a banda Gordini.
Os caras vieram diretamente das entranhas de
BH/MG, com repertorio que nos faz viajar no túnel do tempo do rock dos anos 50
até 70. Mesclando sucessos nacionais e internacionais, a banda faz literalmente
um showzaço.!
Fiquem agora com a entrevista gentilmente concedida pelo frontman Jairo ao site Leda Rocker.
LedaRocker:
1.Diretamente de Macacos/MG para entrevistar a banda
Gordini, aqui com o frontman da banda, Jairo, que é tecladista e também vocal
da banda! Conte para o site Leda Rocker
quanto tempo de shows pelas Minas Gerais?
JairoGordini:
_ Banda formada em 1996 pelo meu falecido pai que tinha banda de baile, e em reunião com amigos
que gostavam de rock levaram a frente o
projeto e colocaram o nome de Gordini 66, depois Gordini 69 (com conotação sexual), sendo o último Gordini lançado em
68. Então foi uma edição limitada do Gordini.
LedaRocker:
2. Quantos componentes haviam naquela época?
JairoGordini:
_ No início da banda eram 05 integrantes formados por 1
bateria 1 contrabaixo, uma guitarra base e uma guitarra solo e teclado
LedaRocker:
3. E hoje como está a formação?
JairoGordini:
_ Hoje somos 7 integrantes, pois decidimos incrementar os
backing vocals, mesmo porque as músicas dos anos 50 e 70 eram muito mais
trabalhadas em questões de harmonia e melodia, principalmente vocais. Sentimos
esta falta pois alguns músicos integrantes não cantam.
Ledarocker
4. A banda tem músicas próprias ou vocês estão seguindo só a
questão de releitura? Como está este projeto de vocês?
JairoGordini:
_ Decidimos durante esses anos de estrada trabalhar com música
cover. A gente montou um repertorio que é uma homenagem ao Rock”N’Roll, conta a
historia do rock , um repertorio
cronológico desde os anos 50 até o final dos anos 70, para mostrar o que foi o melhor do
rock’n’’roll na sua essência, na sua origem. Depois dos anos 70, as bandas
foram influenciadas pelos primeiros artistas do rock’n’roll; então, assim, a
gente queria mostrar o que foi o início do rock
Ledarocker
5. Dentro deste estilo do rock clássico, qual que é a banda
de preferência de vocês? Qual a que vocês mais gostam de tocar?
JairoGordini:
_ Olha, é difícil a gente falar de uma banda especifica, é
como você perguntar para uma mãe qual o filho que ela mais gosta! Vai ser meio
difícil. É lógico que tem uma preferencial. Cada um da banda tem a sua
preferência. Eu particularmente por ser tecladista, gosto muito, e que me
influencia é “Deep Purple” por causa dos
sons do John Lord, eu me espelho muito nele e gostaria de tocar igual a ele, mas,
estou muito a quem disto. Cada um com sua preferência, por exemplo, o João que
é o nosso atual guitarrista, gosta muito do Lynyrd Skynyrd um som mais
country music, country rock, mas a influência principal dele é o AC/DC. O Cassius já gosta mais de anos 80. Mas o legal é
que juntando todos a gente consegue chegar nessa ideia que é a história do
Rock. Vamos juntado as influencias e o bacana é isso.
LedaRocker:
6. E nestes 20 anos de estrada, você tem algum caso
engraçado para contar pra gente?
JairoGordini:
_ Vixe! São vários! (risadas)
A FORMIGA NO PÉ DO NEGÃO:
A gente foi fazer um show em Governador Valadares e tocamos muito em shows
de motociclistas. Estávamos fazendo um show em uma sexta feira e depois no dia
seguinte tinha um show em Martinho Campos. Então decidimos (pois foi uma viagem
épica) não passar pela 381 (que é o caminho de praxe), porque lá tem muitos
acidentes e sempre agarra pois era feriado de 12 de outubro. Decidimos passar
por dentro da região de Valadares, cortando por Peçanha, Sabinópolis, saindo em
Gouveia, pegar perto de Curvelo e ir embora para Martinho campos. Perto de
Peçanha peguei o trecho errado, entramos em um trecho de 40 km de estrada de
terra, nesse meio do caminho tinha uma plantação de eucaliptos. Todos estavam
dormindo, eu lá dirigindo e a minha esposa Adriana (Fotografa da banda) disse
: _ Poxa! Aqui dá uma sessão de fotos
muito legal! Paramos então no meio da plantação de eucaliptos para bater uma
foto. Realmente a foto ficou sensacional. Todos fizeram aquela pose, com cara
de quem acabou de acordar ( meio amarrotados), entramos no meio do mato, de
frente aos eucaliptos e lá fomos bater a foto. De repente o baixista começou a
pular no momento das fotos e a Adriana pediu para ele parar de pular porque
você vai sair torto na foto1 (risos)...
Não sô, é porque tem um formigueiro aqui onde eu estou! ( risos e mais risos) e
o pé do negão se encheu de formigas e ele foi batendo o pé e coçando as pernas
no resto da viagem.
LedaRocker:
7. Em quantas cidades vocês já passaram nesse período todo,
nesses 20 anos vocês calculam em quantas cidades? Sempre tocando em Minas ou
sairiam para outros Estados?
JairoGordini:
_ Ô Lêda, é imensurável isso, viu... Não consigo contabilizar a quantidade de
cidades não. Acredito que deve ter chegado em umas cem cidades, nesses 20 anos
foram muitas cidades que nos conhecemos.
Estivemos no Espirito Santos várias vezes, embora tenham sido poucas cidades
posso citar : São Mateus, Vitória, Guaiçui, Baixo Guandú, Guarapari. Todos em
eventos de motociclistas.
LedaRocker:
8. A banda Gordini pelo que senti, é bem família. Conta para
os leitores de site Leda Rocker quantos membros da família estão presentes na
banda?
JairoGordini:
_ A questão familiar é exatamente por ter sido criada pelo meu
pai e eu sempre o acompanhando nas questões musicais, daí começou a ser uma
banda família. Inclusive, o guitarrista que ajudou a fundar a banda, que era o
João Sander e seu filho tocava contrabaixo e o baterista que era o Gilberto,
era primo do João Sander. Fazíamos o ensaio e depois íamos para as cozinhas
das casas para bater papo, uma coisa bem família. Hoje na banda da família, sou
eu ( um dos fundadores com o meu pai), a
minha irmã Fabíola, que recentemente
veio fazer parte como back-vocal, a minha esposa Adriana Ferreira, o Cassius
está conosco desde 2001 e eu o considero como um irmão. Agora entrou para a
banda, quero dizer antes entrou para a banda o Wellington que era baixista e
agora entrou o João Hemprich e o Állan Ganz, que também já são da família!
Ficam lá na cozinha com a gente antes e depois dos ensaios. Costumamos dizer
que o melhor lugar da casa é a cozinha.
LedaRocker:
9. Vou entrar em um
assunto um pouco delicado, que faz parte da vida dos artistas e de quem toca na noite. Eu queria saber se
vocês já tomaram muitos calotes ai das casas de shows. Conta para a gente se já
tomaram e qual foi o pior deles.
JairoGordini:
_ Olha, eu posso dizer que Graças a Deus nesses 20 anos que a
Gordini está na estrada, não tomamos calotes de nenhuma casa, nem de produtores
e nada parecido. Na verdade, desde 2001 a gente vem trabalhando mais com
motociclistas. As casas noturnas da capital deixamos um pouco de lado. Desta
forma tivemos poucos contatos com casas noturnas. Os motociclistas são bem
centrados no que fazem, são muito sérios e não costumas ter problemas com eles
não. Agora, de 2016 para cá decidimos trabalhar mais em Belo Horizonte e
estamos entendendo como funciona a noite de Bh ainda, tentando nos adaptar. O
que temos observado é que os cachês nas casas noturnas não são muito bacanas.
Em Belo Horizonte o musico não é valorizado. A verdade é essa. Eles tem o
musico como um cara que está ali só divertindo, como um hobbie, e que toca só
por diversão. Não que a gente não faça por isso. Todos nós temos empregos, mas a musica tem um custo e não é baixo.
Porque tem que se comprar instrumentos de qualidade e são caros. Equipamentos
são caros. A manutenção é cara. Os ensaios, para se pagar um período no estúdio
é caro. Tudo na musica tem um valor
muito alto. Porque o cachê tem que ser
baixo? Porque o musico tem que tocar em troca de uma janta e R$ 10,00 e está
bom.. pago a sua gasolina, pago o hotel
para vocês e está tudo legal! E não é por ai, não estamos aqui nos divertindo.
Nós estamos trabalhando na noite e se não formos bons no que fazemos, ninguém
vai querer nos contratar.
LedaRocker:
10. Você acha por
exemplo que essa desvalorização do musico, principalmente voltado para o
rock’n’roll e ainda a expressão “O ROCK’N’ROLL MORREU”?’
JairoGordini:
_ NUNCA! Eu
discordo completamente disto. O R.Rl pode ter saído de moda. Era moda no Brasil
em 1980. O Brasil em cada período lança
modas, estilo de música que vira moda. Então nos anos 80 era o rock. Nos anos
90, era Axé e o Pagode. Nos anos 2000 começou o funk carioca. Infelizmente entramos nos anos
de 2010 e estamos caminhando para 2020 já
e está essa mistura ai do Axé com o Funk, como uma degradação total da
família Brasileira, da família mineira,por causa destas musicas que
desvalorizam a mulher, desvalorizam o homem, o trabalho. Só degradando e
difamando a vida, em si. O Rock pode não estar mais em moda, mas é o único
estilo que está no mundo inteiro, agora o Pagode, o Axé e o Funk é só aqui.
Então não podemos dizer o que o Rock morreu. Eu não acredito nisso.
LedaRocker:
11. A família Gordini, neste tempo de estrada, vocês pensam
em preparar algum rebento futuro? De dar um prolongamento para o trabalho de
vocês? Ou seja, tem gente nova no pedaço junto a vocês para que o rock não
morra, enquanto Banda Gordini?
JairoGordini:
_ A banda Gordini começou com uma ideia muito interessante. No
início como o meu pai foi o fundador e já tinha ali os seus quarenta e poucos
anos, e assim com os amigos, o único novo da banda era eu, que naquela época
tinha uns doze, treze anos. Eles tinham uma ideia de ter na banda integrantes
com mais de quarenta. Até para casar um pouco com o slogan do carro Gordini,
pois quando o carro foi lançado dizia: “EMOÇÃO EM 40 HPS” e o slogan da banda
inicialmente era: “EMOÇÃO ACIMA DOS 40”. Era bem voltado para a terceira idade.
Com o falecimento do meu pai e os outros músicos que ajudaram a formar a banda
começaram a ficar com a idade mais avançada, problemas de saúde, e de não
aguentarem mais viajar, fazer shows e noitadas.... A gente começou sem muita
intenção, renovar a cara da Banda e a aceitar músicos mais novos na banda, com
a idade entre os trinta e quarenta anos. É difícil conseguir músicos com esta idade que tenham
interesse de tocar esse tipo de musica e
viajar. E recentemente os rapazes que entraram para a banda são bem novos!
LedaRocker:
12. qual a idade dos novos integrantes?
JairoGordini:
_ O mais novo da banda é o guitarrista solo João Hemprich ( né
Joãozim? ) com 21 aninhos e o Állan Ganz que é o nosso segundo guitarrista que
está com 26 anos, fez aniversário na virada do ano!!! Eles são jovens e
acredito que vão nos ajudar a prolongar a história da Gordini e do Rock, e
logo, logo vão ter que trocar o cantor, que está começando a ficar velho,
semi-novo! ( risos)
Állanganz : - O
João foi muito cara de pau! Pois quando ele viu o anuncio da banda Gordini, que
estava contratando guitarrista, a idade mínima que a Gordini colocou era 25
anos. E ele tinha 21!
JoãoHemprich: -
Eu tinha 20!!! (risos) . Állan, eu fui
cara de pau! mandei mesmo! Hahahaha! Já que estamos na merda, vamos mandar! Eu conversei
com o Jairo tudo o que tinha que conversar e no final eu disse.. Eu tenho 20
anos, tem problema? (mais risos)
JairoGordini:
_ Na hora que ele falou que tinha vinte anos eu pensei assim ... NÓ! E agora? Mas, inicialmente nós até, pela questão da idade, pela postura, pois quando é novo se é muito agitado e Oba! Oba! Confesso que no início o João não ia ficar na banda não! Fizemos o teste com eles e pela idade, pela postura, estávamos dando até preferência para outro músico, mas ou outro musico nos deu menos segurança que os dois. Conversamos com eles e dizemos; A qui nós somos uma cambada de velhos, a gente é chato, trabalhamos assim, tem que ter responsabilidade, foco, tem que ser desse jeito, a banda tem 20 anos.. Então entenderam e aceitaram fazer parte. Mas de vez em quando tem que puxar a orelha, mas puxamos com carinho e estamos juntos!
_ Na hora que ele falou que tinha vinte anos eu pensei assim ... NÓ! E agora? Mas, inicialmente nós até, pela questão da idade, pela postura, pois quando é novo se é muito agitado e Oba! Oba! Confesso que no início o João não ia ficar na banda não! Fizemos o teste com eles e pela idade, pela postura, estávamos dando até preferência para outro músico, mas ou outro musico nos deu menos segurança que os dois. Conversamos com eles e dizemos; A qui nós somos uma cambada de velhos, a gente é chato, trabalhamos assim, tem que ter responsabilidade, foco, tem que ser desse jeito, a banda tem 20 anos.. Então entenderam e aceitaram fazer parte. Mas de vez em quando tem que puxar a orelha, mas puxamos com carinho e estamos juntos!
JoãoHemprich:
Puxa a orelha e dá um tapa na nuca! ( risos)
LedaRocker:
13. neste metiêr, circulando , fazendo shows, como
vocês sentem o termômetro do público?
JairoGordini:
_ Engraçado que durante o jantar aqui, após o show, estávamos
comentando sobre as músicas que estamos ouvindo ai no fundo, que são mais
Rockabilly, rock mais anos 50, 60, mais voltado para a juventude do pós guerra.
Percebemos, nesse meio tempo que rodamos em Bh, que não existe mais bandas que
tocam esse estilo. As bandas de rock vão procurando um caminho mais rentável,
até pela idade da turma que vai para a noite, é a turma dos anos 80 que já está
acabando e entrando a turma dos anos 90. O pessoal que era jovem nos anos 90,
adolescentes, já tem um poder aquisitivo, e a turma dos anos 80 já estão na
faze do “ah, não! Quero ficar mais em casa”, sair para a noite é cansativo, se
casaram, com filhos. Então, com isso as bandas estão voltando para o estilo, 80, 90. Estão acabando as bandas de
rock clássico. Antigamente existiam
várias bandas de Rockabilly .As que tem, estão escondidinhas. Temos observado
isso e visto que o nosso repertorio
precisa caminhar um pouco para trás. Ao invés de ir na direção que estão indo,
nós estamos regredindo para os 60, 50. Temos observado que toda festa de
casamento, formatura ou qualquer outra festa que tem Dj, ou mesmo bandas bailo
que vão tocar, eles começam as músicas com rock dos anos 50 e 60, e quando
tocam essas musicas a pista lota a pista enche! Todos vão dançar. Estamos
observando que devemos caminhar para os anos 50 e 60 mesmo. Estamos com
intenção de fazer isso no ano que vem
LedaRocker:
14. O que fazem vocês persistirem com a música? Vocês vivem
de música ou cada um tem a profissão distinta?
JairoGordini:
_ Cada um tem a profissão distinta. a música na verdade o rock
né que o estilo que escolhemos não é tão rentável como eu disse antes os caches
não são tão bacana e o que é mais interessante o que tem dado dinheiro hoje e o
tal do sertanejo, axé e a gente não quer tocar isso então nós temos levamos a música
como hobby, Nós tocamos porque gostamos porque temos prazer. Eu trabalho com
transporte de passageiros há muitos anos, na verdade eu até agora dei uma pausa
nisso abri uma oficina de carros antigos uma coisa que eu sempre gostei e estou
tentando entrar nesse ramo então essa é minha profissão principal. A música é
um hobby. O Cassius nosso baterista trabalha na Prefeitura de Ibirité, há mais de
20 anos, ( funcionário público). A minha
esposa Adriana é secretária. O Állan é advogado, o João está fazendo publicidade. A Fabíola é fiscal de
transporte. O baixista Wellington trabalha como almoxarife em uma empresa de
construção. Bem diversificado, cada um em sua área. O nosso hobby é a música, e nossa diversão, o
que não significa que levamos a música como brincadeira, levamos com
profissionalismo.
LedaRocker:
15. Agora para
terminar, nos conte algo bem pesado e picante!
JairoGordini:
_ Vixe! (Muitos risos e gargalhadas) Ah! Já sei! Nós fomos
tocar uma certa vez em uma cidade no
interior de Minas, em um encontro de motociclista e um baixista da nossa banda,
(não vou citar o nome mas já saiu da banda há tempos) e lá apareceu uma “Pin-up
Girl Plus size” ( risos); ela foi lá ver o show da banda. Este baixista é
chegado em uma “Plus size”! ( mais risos). E ela ficou por ali rodeando...
acabou que caiu nos encantos do rapaz. Eles foram para o hotel onde estávamos
hospedados. No meio da noite começamos a ouvir
“ruivos” e “tapas”! ( muitas risadas de todos... hahahahahha) muitos
ruivos e tapas.. e uns olhando para a cara do outro e se perguntando.. o que
está acontecendo aqui?!!! Literalmente pesado. Este acontecimento rendeu
assunto por muito tempo. E foi o último
show desse baixista, que já estava mesmo de saída.
LedaRocker:
16. Vocês querem
deixar um recadinho para os leitores do
site Leda Rocker?
JairoGordini:
_ Galera , gostaria de dizer aos amantes de rock’n’roll, que valorizem
mais as bandas mineiras, belorizontina, porque temos percebido que em Bh
em si é muito ruim a cena rock pq o público não valoriza as bandas, não as
bandas covers, mas as autorais. Hoje tocamos rock clássico, mas ele foi autoral
em algum momento. Se não tivesse alguém ali produzindo aquela música, compondo
as letras , jamais seria um clássico. O pessoal da cena rock tem que ter mais
afinco, valorizar mais as bandas, ficam escolhendo onde vai, onde tem o melhor
cachê. Prestigiar as bandas autorais. Acredito que todas as bandas de rock, a
turma que gosta, vai para noite, vamos lá! Vamos ajudar, vamos pagar o cachê.
Na hora que o pessoal assenta na mesa, comem ali batatinhas, tomam cerveja,
porém questionam o valor do cachê. PÔ mais eu vou ter que pagar isso de cachê?
Mas eu não quero ver a banda. Gente vocês gostam de rock? Então vamos apoiar as
bandas! Ai, o pessoal vai lá apoiar aquela banda gringa, legal! Eu também gosto
de bandas gringas. Não é à toa que toco cover. Mas vai lá e paga R$ 300,00
(trezentos reais) em um ingresso, ingresso dos mais baratos, porque ainda tem
camarote e etc... e na hora de pagar R$ 15,00 ( quinze reais) para ir ver o
amigo que tem uma banda de rock tocar, acha um absurdo! Falo isso tanto para as
covers quanto para as autorais. ]então vamos valorizar! Principalmente as
autorais, que é o início de um clássico. Tem vários ai de bh que foram autorais
e estão hoje, bombando. Sem apoio as bandas vão acabar mesmo.
LedaRocker:
17. Precisa então do apoio do publico?
JairoGordini:
_ Sim! Do publico. Tem que ajudar tem que curtir, se gosta do
rock vai atrás! Vamos acompanhar. Valorize seus amigos que tocam, valorizem as
bandas de Belo Horizonte e de Minas Gerais. O engraçado é que fomos tocar em
Varginha recentemente e o dono da casa noturna onde iríamos nos apresentar, teve
um custo altíssimo. Ele bancou nosso transporte, nossa alimentação, bancou a
nossa hospedagem e isso ficou caro para ele. Agora uma casa em Bh não paga isso
para a banda. Porque, ela não consegue
cobrar um cachê para a banda tocar ali. Fica difícil se o pessoal não apoiar as
bandas de BH, como as bandas poderão fazer a cena rock acontecer na cidade? É
isso! O meu recado é esse. Acredito que o pessoal da Gordini concorda comigo e
estamos juntos. (Leda Rocker disse: então vamos que vamos que o rock’n’ roll
não para, não para nunca. O André (nosso
técnico de som e costuma viajar com a gente em shows maiores), roqueiro das antigas,
musico, tocou teclado nas bandas de bailes da noite dos anos setenta, oitenta,
um cara muito experiente! Ele tem uma frase e eu gosto de repetir. Ele diz o
seguinte : O Rock ainda vai salvar o mundo.
LedaRocker: Então vamos finalizar esta entrevista com a
seguinte frase: O Rock já está salvando
o mundo!
É meus caros!
A banda Gordini tem muito chão, suor, rock e histórias para
contar!
Cometa Loucuras e Rock
“Algo riscou o céu!
Ao lado da lua, o
cometa.
Num trajeto linear,
Nos convida a
velejar.
Tudo vai mudar!
Da luz da lua vem
O temor da noite.
O rock ajuda a
relaxar.
Do cometa, o rastro.
Da vida, o devir.
Mas o que mesmo
importa?
Vamos curtir! ”
Macacos, 2017 – Leda Rocker
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