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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Jaspeiros x Motociclistas

Será, excepcionalmente, hoje quarta 9/7, por causa da semi final da copa, o 31º BH Moto Point, a maior união de moto clubes da grande BH. Não falte! Veja esse e outros eventos no Brasil na Agenda Nacional Jacaremoto, a mais visitada do Brasil.

O simples relato abaixo não tem a pretensão de estar no rumo certo, pretende sim, provocar pensamentos que rumem para a solução e a paz; o nosso maior bem!

A transformação dos encontros de motociclistas e a tolice dos "Jaspeitos" sem educação

* O meio moto clubista e suas festas de motociclistas vêm sofrendo um desgaste natural, que precede as mudanças naturais necessárias. Tudo está em movimento, muda-se e ajeita-se ao sabor das situações políticas e sociais etc. Os encontros de motos estão nessa fase e padecem de repetição de programação, do comércio como fim e da perda de identidade e do sentido do (jeito de ser) dos encontros tradicionais dos verdadeiros motociclistas como uma irmandade solidária e ordeira.

* O encontro de motociclista, com raras exceções, já não é uma festa amadora, como antes, com o fim principal no prazer de uma boa prosa e de trocas de informações e culturas entre motociclistas, que tinham como estilo de vida viajar o Brasil (e até o mundo) sobre duas rodas. Os encontros aconteciam meio improvisados numa praça ou numa área vazia, e o som era mecânico, ao redor de onde todos se ajuntavam, proseavam sobre cidades, estradas, moto e suas modificações.

* Hoje, as evoluções normais dos encontros foram, em alguns casos, radicais desvirtuando o sentido de integração das festas de motos. O show de rock já não é mais pra curtir, tem potência para a cidade toda saber da festa e quase não permite a velha e boa prosa de antes. Quase todos já estão sentindo a falta dos verdadeiros motoclubistas, que estão retornando ao tradicional motopasseio às cidades pequenas. Até o velho aceno de mão ao se cruzarem está acabando.

* Os motociclistas de motos esportivas (não todos, evidentemente) também têm feito estragos nessas festas, aproveitando o país sem ordem. Muitos deles sentem prazer em fazer barulho ensurdecedor ao acelerar, até estourar, o giro do motor e o pneu, no meio da multidão, com risco de grave acidente. Numa festa ordeira desrespeitam a lei sem se incomodar com as pessoas e, o pior, não são nem advertidos pelas autoridades.

* Muitos motociclistas de motos esportivas, com sua falta de respeito e de educação, estão criando rivalidade desnecessária no meio motociclístico até resultando em algumas brigas. Perturbam a festa, que não é só deles, e provocam, com o barulho ensurdecedor, os que querem ouvir o show de rock ou conversar. Relatados nas redes sociais, esse comportamento errado, ilegal, perigoso e abusivo, sem reposta da polícia, já comprometeu alguns tradicionais eventos, que começam a sentir o esvaziamento dos outros motociclistas.

* A infantilidade e a tolice (de novos e de maduros pilotos) chega ao absurdo e incrível ato de se acelerar, até o máximo, uma moto na porta de hotel às 5h da manhã. Eu mesmo que vos escrevo padeci com isso num evento nacional e concluí daí que o ser humano é o único bicho que tem o livre arbítrio e o usa até pra ser bobo ao extremo.

* Uma singela sugestão é a promoção de festa separada de motociclistas esportivos com liberação para exibições, e o respeito desses nos eventos tradicionais. A paz e a boa convivência é sempre a melhor opção. Assim, não devemos discriminar e hostilizar ninguém por sua roupa ou moto esportiva num encontro de motos. Devemos, sim, antes de brigar, exigir o cumprimento da lei e abominar o radicalismo e as generalizações perigosas. ZCJ.

Texto publicado na seção MOTONOTÍCIAS da Coluna do Jacaré, de 2/6, no jornal Super Notícias (Minas): http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/coluna-do-jacar%C3%A9/cbr-600rr-2014-1.875315

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